sexta-feira, 8 de junho de 2012

ARIANO SUASSUNA - O PRIMEIRO NOBEL BRASILEIRO?




Segundo quem circula pelo meio, Ariano Villar Suassuna será o candidato brasileiro à próxima edição do Prêmio Nobel de Literatura. Muito justo, penso eu, ainda que me incomode o alheamento geral que é concedido à importância da fantástica obra de Manoel de Barros para a arte em geral -não somente à literatura. Mas se não há Manoel -e nem haverá de haver, até em função de sua idade avançada-, vamos de Ariano, e nem poderiam estar melhor representadas as nossa letras, tão geniais quanto combalidas pela indiferença que é relegada pelo próprio País.
Sou um fã declarado de Ariano, não somente pela grandeza de sua obra como também pelo fato de ser nordestino -mais particularmente da Paraíba, Estado que aprendi a amar por nele ter morado durante alguns anos de minha vida.
Tanto é que, recentemente, proferi uma palestra na Câmara Municipal de Campos do Jordão denominada "Ariano Suassuna e o Movimento Armorial", que abaixo reproduzo, na esperança de ter conseguido, ainda que a duras penas e com extraordinário esforço, passar aos presente o mínimo que seja da vastidão da obra de Ariano, digno herdeiro da genialidade de Zé Lins, Zé Américo e Augusto dos Anjos, entre outros.
Vida longa, portanto, a Ariano Suassuna, com ou sem Nobel -cuja inexistência nas letras brasileiras, até o momento, não nos tem feito a mínima falta.

ARIANO SUASSUNA E O MOVIMENTO ARMORIAL
Palestra do Acadêmico Benilson Toniolo na Câmara Municipal por ocasião da Reunião Ordinária da Academia de Letras de Campos do Jordão, 31 de março de 2012

Aqui morava um rei, quando eu menino
Vestia ouro e castanho no gibão
Pedra da sorte o meu destino
Pulsava, junto ao meu, seu  coração

Para mim, seu cantar era divino
Quando, ao som da viola e do bordão
Cantava com voz rouca o desatino
O sangue, o riso e as mortes do sertão.

Mas mataram meu pai. Desde esse dia,
Eu me vi como um cego sem meu guia,
Que se foi para o sol, transfigurado.

Sua Efígie me queima. Eu sou a presa.
Ele, a brasa que impele ao fogo, acesa.
Espada de ouro em pasto ensangüentado.


Com este soneto, “A Acauhan, a Malhada Onça”, de 1980, Ariano Suassuna lança a pedra principal de sua obra: sua condição de sertanejo, dispendendo profundo amor pelas coisas do seu lugar; o uso de imagens fortes e marcantes; o respeito à cultura erudita, aqui representado pela forma rigorosa do soneto; e a dor permanente pela morte do pai, ocorrido cinqüenta anos da composição do poema, quando Ariano contava com pouco mais de três anos de idade.

Nascido em 16 de junho de 1927, na cidade de Nossa Senhora das Neves, então capital do Estado da Paraíba, hoje João Pessoa, Ariano Vilar Suassuna é o oitavo de uma família de nove filhos. Seu pai, João Suassuna, após cumprir seu mandato de governador do Estado de 1924 a 1928, retorna com a família ao seu lugar de origem, a fazenda Acauhan, no sertão.  Mas não se distancia da política e, em meio aos turbulentos dias que precedem a Revolução de 1930, João é assassinado no Rio de Janeiro pelas forças separatistas comandadas por José Pereira de Lima, que chega a declarar a independência do Território Livre de Princesa, que conta com hino, constituição, jornal, exército e bandeira.

Após a morte do patriarca, a família permanece na fazenda, até a terrível seca de 1932, quando todo o gado deixado por João se perde, vitimado pela fome, e a família se veja em meio a sérias dificuldades financeiras, mudando-se então para Taperoá, sertão seco, alto, áspero e pedregoso dos Cariris Velhos da Paraíba do Norte. Neste lugar Ariano inicia seus estudos e se dedica a caçadas e expedições nas fazendas do Saco, de São Pedro, Panati e Malhada da Onça, levado por seus tios maternos e irmãos mais velhos. Aqui também assiste ao seu primeiro desafio de viola e ao seu primeiro espetáculo de mamulengos, que lhe causam forte impacto.

Mas as dificuldades financeiras não cessam e, ainda que contando com o suporte de seus irmãos, dona Rita de Cássia Dantas Villar vende a fazenda Acahuan e muda-se para o Recife, em 1942, onde alguns dos seus filhos mais velhos já se encontram estudando.

O menino Ariano é matriculado no Ginásio Pernambucano, onde conhece Francisco Brennand, seu colega de turma, e publica seu primeiro poema. Sobre este episódio, declararia anos depois: “No colégio, tive um professor de geografia que era interessado em literatura. Quando foi um dia, ele passou uma prova lá e eu não estava preparado... aí taquei literatura. Era uma prova sobre aspectos do relevo brasileiro. Eu falei sobre Drummond, Aleijadinho, falei o diabo, só não falei do relevo. Me lembro que tinha alguns nomes como o rio São Francisco, o rio Amazonas, o Planalto Central e as coxilhas do Rio Grande do Sul... Então ele foi entregando as provas e disse: “essa aqui eu deixei pro fim porque quero conhecer o autor, que pode não ser bom em geografia, mas gosta de literatura”. Eu disse: “fui eu”. Ele pergunta se eu gosto de literatura e se escrevo. Aí eu digo: “escrevo”. “Escreve o quê?” “Escrevo poesia”. Ele disse: ‘Me traga um poema”. Aí, na aula seguinte, eu levei. Ele pegou e disse: “Você pode emprestar?” Eu digo: “Posso”. Rapaz, ele me fez uma surpresa... que alegria! Quando foi no domingo, abri o Jornal o Commercio, estava publicado. Foi em 7 de outubro de 1945”. A esta altura, o menino Ariano já é leitor de Eça de Queirós, Guerra Junqueiro, Euclydes da Cunha e José Lins do Rego.

Em 1946, entra para a Faculdade de Direito, onde encontra um grupo de escritores, poetas, atores, pintores, músicos e pessoas interessadas em diversos tipos de arte. Dentre estas pessoas, destacam-se Hermilo Borba Filho e José Laurênio de Melo, que exercem grande influência na formação de Ariano. Com os três, e mais Capiba, Galba Pragana, Joel Pontes, Ivan Neves Pedrosa, Aloisio Magalhães, Genivaldo Wanderley, Heraldo Pessoa Souto Mayor, José de Morais Pinho, Fernando José da Rocha Cavalcanti, Gastão de Holanda, Epitacio Gadelha e Ana e Rachel Canen, é fundado o Teatro do Estudante de Pernambuco. Ariano passa a publicar, em revistas estudantis e suplementos culturais, seus primeiros poemas ligados ao romanceiro popular do Nordeste.

Mas a proximidade com atores e pessoas ligadas às artes cênicas faz com que Ariano comece a escrever pequenas esquetes teatrais, e toma parte do Prêmio Nicolau Carlos Magno de Teatro, onde obtém o primeiro lugar com o espetáculo Uma Mulher Vestida de Sol, no ano de 1947.

A partir daí, a produção teatral se multiplica. Sob inspiração de Garcia Lorca e suas peças de ato único, encena O Desertor de Princesa, que é encenada no Parque Treze de Maio, na capital pernambucana.

Seguem-se Os Homens de Barro e Auto de João da Cruz, que lhe dá o Prêmio Martins Pena. Forma-se em Direito em 1950 e parte para Taperoá para tratar-se de uma enfermidade no pulmão, ocasião em que conhecerá Zélia na seguinte situação: para receber os parentes que vinham visitá-lo, Ariano monta com os demais pacientes um pequeno espetáculo denominado “Torturas de Um Coração ou Em Boca Fechada Não Entra Mosquito”. Entre os parentes visitadores, estava uma menina tímida, uma sua parente muito distante, por quem o dramaturgo convalescente se apaixonará e com quem se casará em 1957, em cerimônia realizada no dia do aniversário de seu pai.

Enquanto isso não acontece, recupera-se da enfermidade, retorna ao Recife e emprega-se no escritório de advocacia do seu professor Murilo Guimarães. Continua a criar espetáculos populares, entre eles O Arco Desolado, O Castigo da Soberba, O Rico Avarento e aquele que seria seu trabalho cênico mais conhecido, O Auto da Compadecida.

Em 1956, abandona a advocacia e ingressa na docência, tornando-se professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco, além de dirigir o setor de cultura do Serviço Social da Indústria até 1960. Escreve o romance A História de Amor de Fernando e Isaura, uma versão sertaneja de Tristão e Isolda.

O ano de 1957 lhe trará duas grandes notícias, além do casamento com Zélia: o Prêmio Vânia Souto de Carvalho por O Casamento Suspeitoso, e a medalha de ouro da Associação Paulista dos Críticos de Arte com O Santo e a Porca.

A partir daí, sucedem-se os prêmios nacionais de teatro, e em 1959 O Auto da Compadecida é traduzido para o polonês, e em 1964 para o holandês.

Forma-se em Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco, e sua obra teatral começa a ser encenada também no exterior, valendo-lhe prêmios na Argentina e no Chile.

Em 1969 é nomeado diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambucano, cargo que ocupará em 1974. Assim que assume, convida diversos autores para formarem juntos um grupo de criação multicultural, que inclua poesia, pintura, música, teatro e dança em uma base formada por raízes essencialmente populares, extraindo daí uma cultura erudita a que dariam o nome de Movimento Armorial. Participam deste grupo, entre outros, o músico Guerra Peixe, o pintor Francisco Brennand, o gravurista Gilvan Samico e os poetas Marcus Accioly, Ângelo Monteiro, Deborah Brennand e Janice Japiassú.

Organiza, com seus companheiros, em 1970, o concerto Três Séculos de Música Nordestina – do Barroco ao Armorial, em conjunto com uma exposição de xilogravura, pintura e escultura, ocasião em que é lançado oficialmente o Movimento Armorial.

Em 1971 publica o Romance d’ A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, que preparara desde 1958 e se propõe a ser o “romance armorial brasileiro”, pela Editora José Olympio.

É nomeado Secretário de Educação e Cultura do Recife, e começam a surgir teses de mestrado e doutorado no Brasil e no exterior acerca de sua obra.

Dedica-se à docência de Filosofia, Teoria do Teatro, Estética e Literatura Brasileira, aposentando-se em 1989.

Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1990, e Academia Pernambucana de Letras em 1992.

A partir daí, acentuam-se as homenagens e honrarias.

Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Paraíba em 2001.

Homenageado pela Escola de Samba Império Serrano, em 2002, com o enredo Aclamação e Coroação do Imperador da Pedra do Reino. No mesmo ano, recebe em o Prêmio Nacional Jorge Amado de Literatura e Arte, pela Secretaria de Cultura e Turismo do Estado da Bahia.

Cidadão Paulistano em 2006, e no mesmo ano a Universidade Federal de Pernambuco lança o “Núcleo Ariano Suassuna de Estudos Brasileiros”.

Em 2007, ano de seu octagésimo aniversário, recebe o título de Cidadão Baiano e nomeado Secretário Estadual de Cultura de Pernambuco.

Após as versões feitas para a televisão e para o cinema do Auto da Compadecida e do Romance da Pedra do Reino, Ariano popularizou-se, e é figura freqüente em feiras e festivais literários, além das conhecidas aulas-espetáculo, quando atrai multidões para ouvir suas histórias e seus projetos para a valorização de uma cultura tipicamente brasileira e popular.

Crítico mordaz de modismos, anglicismos e feroz combatente do que chama de “imbecilização do pensamento brasileiro”, reage com bom humor quando lhe perguntam por qual motivo nunca saiu do Brasil: “quando tenho vontade de visitar a Espanha, por exemplo, abro meu Dom Quixote”. Aos que o acusam de promover a xenofobia, lembra: “nem poderia, pois as raízes das manifestações culturais nordestinas remontam ao árabe e ao ibérico, como algumas passagens do Auto da Compadecida, que além de constarem na nossa literatura de cordel foram encontradas também em folhetos mouros e árabes, como a história do cachorro, ou do cavalo, que descomia dinheiro”.

Suassuna foi detido durante a ditadura militar pelo seguinte diálogo em uma de suas peças: “um sujeito pergunta ao outro como é que se faz para chegar nos Estados Unidos, e o outro responde: é só você ir andando de posto Shell em posto Shell, e você chega. O general me perguntou se eu tinha mesmo escrito aquilo, e eu disse que sim. Ele perguntou o que é que eu queria dizer, e eu respondi que não sabia, porque quem dizia aquilo era o personagem, e não eu. O general, que pelo jeito gostava de literatura, deu uma risada e me mandou pra casa”.    

Suassuna foi acusado por alguns críticos de fazer apologia à preguiça e malandragem do brasileiro, numa espécie de lobatismo ao contrário, por conta das características de seus heróis, sobretudo a dupla Chicó e João Grilo, que se caracterizam por lançar mão de mentiras e presepadas para levar vantagem sobre seus antagonistas; o sofrível poeta Simão, da Farsa da Boa Preguiça, que passa a vida a criar desculpas para não trabalhar, e vive na miséria; o culto, sagaz e desonesto Quaderna, que enrola o investigador de polícia mas não consegue escapar da prisão. Entretanto, a astúcia e a espontaneidade são algumas das poucas armas que estes personagens encontram para escapar da fome e da humilhação impostas pela avareza e pela vaidade dos ricos. Também é forte a presença da fé católica de Ariano em todas as suas obras, com a predominância da vitória final dos justos e dos miseráveis sobre a maldade dos poderosos e exploradores, que sempre são condenados à danação eterna.

Aclamado pelo público, reconhecido pela crítica, referendado pelos meios acadêmicos, Suassuna revela-se um defensor incansável da língua portuguesa. É vasto o anedotário em torno de sua crítica ácida ao uso abusivo de anglicismos em nosso cotidiano, como por exemplo quando, ao passar por uma lan-house, soltou um “lanhou-se”, para protesto do motorista de taxi que naquele momento o conduzia ao aeroporto, que chegou a chamá-lo de ignorante por não saber que se tratava de um estabelecimento especializado em computadores. E Ariano: “pois agora é que lanhou-se, mesmo”. Ainda sobre a língua inculta e bela, vaticinava, em 1972: “Se Deus quiser, se os técnicos do planejamento deixarem e a pílula não impedir, logo chegaremos a duzentos milhões. E, queiram ou não queiram os nossos resignados sem complexo, duzentos milhões de pessoas formarão uma voz que terá de ser ouvida no mundo”.

Desta forma, Suassuna está ligado à arte brasileira não só como criador, mas também como líder cultural.

Dotado de assombrosa memória, é capaz de citar longos trechos de A Cidade e As Serras, de Eça, e do Sermão da Quarta-Feira de Cinzas, de Vieira, gosta de lembrar que seu interesse pela literatura surgiu com Olavo Bilac, com o livro ‘Através do Brasil’, que ganhou de presente de um irmão mais velho que estudava no Recife: “Li-o aos sete anos, e exerceu em mim grande influência, por dois motivos: em primeiro lugar, porque na época eu só lia livros policiais cuja ação se dava em Londres. E vi naquele livro, pela primeira vez, a paisagem e a cidade brasileira. A história começava no Recife e acabava no sul do País, contando a trajetória de dois meninos à procura do pai, dado como morto. Meu pai tinha sido assassinado quatro anos antes, então aquilo me tocava”.

Vale aqui, senhoras e senhores, estamos falando de um menino de sete anos, no sertão da Paraíba, que lia romances policiais ingleses e começava a descobrir a paisagem brasileira através de Bilac. Em que momento da história, meus amigos, começamos a nos perder, até chegarmos a este quadro de aridez intelectual em que nos encontramos atualmente?

Mas voltemos ao nosso personagem.

Um Policarpo Quaresma de nossos tempos? Talvez. Defensor incorrigível da arte e da cultura brasileiras, hoje ele tem dado em suas apresentações diversas manifestações de como enxerga a questão da necessidade da preservação deste nosso patrimônio: “Eu tinha duas tias-avós velhas, uma das quais, muito religiosa e crédula, vivia a repetir uns famosíssimos e suspeitíssimos milagres cuja notícia ela lia no Mensageiro do Coração de Jesus e em que sempre aparecia um misterioso “manto de Nossa Senhora”, revelado na Espanha, na França, na Alemanha, e que curava cegos, ressuscitava mortos, etc. A outra tia-avó, irmã da milagreira, sertaneja cética e desconfiada, costumava comentar filosoficamente: ‘Eu não sei o que é que têm esses milagres de Sinhazinha, que só acontecem no estrangeiro’. Sou, como todo escritor, uma espécie de sonhador, sem muito jeito para político ou cientista. Mas sou também religioso, e se desconfio da freqüência dos milagres é justamente por respeito ao milagre. E o que eu mais temo é que o milagre brasileiro acabe por se revelar um milagre enganador. E isso só não irá acontecer se, no momento da industrialização e do enriquecimento, a Gravura, a Pintura, a Escultura, a Cerâmica, o Romanceiro, a Música autêntica e os espetáculos populares brasileiros permanecerem como manancial e fonte de inspiração para a manutenção de uma garra brasileira, capaz de animar com o sangue e a raça do Brasil uma indústria peculiar e fiel a nosso País e ao nosso povo”.

Mas como se auto-definiria o próprio Ariano, em meio a turbilhão de afazeres e compromissos a que foi submetido após a popularização de sua obra advinda após a adaptação para o TV e o cinema de duas de suas obras? “Outro dia, me acusaram de elitismo. Repare bem, falavam que eu era elitista porque diziam que, com o Romance d’A Pedra do Reino, é preciso fazer um esforço grande para ler. Ora, isso é uma acusação demagógica. Ninguém pode esperar muito de mim, não, mas o que eu puder fazer pela nossa cultura, eu vou fazer. Digo sempre: não me considero otimista, acho os otimistas ingênuos. Nem pessimista, pois são amargos. Eu me considero um realista-esperançoso. Tenho esperança. A esperança é uma das três virtudes chamadas teologais (fé, esperança e caridade). Sou fraco na fé, na caridade, mas sou bom na esperança. Luto, sou um homem animoso. É possível participar das coisas e a gente não deve ter medo, mesmo que a tarefa pareça invencível”.

Poeta, dramaturgo e romancista, este é, senhoras e senhores, Ariano Vilar Suassuna. Um sertanejo nascido sob o signo da luta, e que continua bravamente pelejando pelo simples direito de permanecer vivo no combate pela brasilidade e pela esperança –que, na maioria das vezes, é justamente o que trazemos de mais valioso.  


Benilson Toniolo
Campos do Jordão, março de 2012